Volta

Intercâmbio de jovens budistas de 2019

Do dia 17 à 24 de julho de 2019, tive a boa condição para visitar e estudar no Templo Matriz e junto como líder acompanhando 4 maravilhosos jovens sul americano.
Vieram a Matriz 32 participantes de todos os distritos do mundo. Foram 9 do Havaí, 6 do Canadá, 12 da Estados Unidos e 4 da América do sul. Foi apresentado como representante do distrito Sul Americano a Carolina Kozima. O ponto importante e que foramfeitas muitasamizades internacionais dentro do estudo e foi solicitado ao Matriz para aumentar o número de participante da América do Sul para o próximo Estudo do Intercambio Internacional Cultural dos Jovens Budistas.
Dentro de 4 participantes do Distrito da América do Sul, 3 vieram para Japão pela primeira vez. Ficaram preocupados na hora de ira ao Home Stay. Fala muito pouco o japonês, praticamente conversaram em inglês. Levou 30 horas a viagem, tanto na ida ao Japão como na volta ao Brasil. Achei que foi muitíssimo cansativo a distância, o fuso horário, economicamente como fisicamente. E julho no Japão é estação de verão, e fiquei muito preocupado com o calor e mormaço. Mastodos foram e voltaram com saúde e sem ocorrências.
A compra, o alimento e a segurança marcaram os jovens no Japão. Sentiram se bem com a segurança do Japão, o alimento que adoram foramramene okonomiyaki e a facilidade da compra em conveniências, as lojas de 100yen e lojas enormes. Lá encontrava-se de tudo.
E como sempre recebendo a colaboração em especial do missionário Kyoya Imai. A alegria foi que realizou na Escola Heian o jogo de futebol vestindo a camisa do Grêmio. (Kkkk...)
E também, na visita ao Museu da Bomba Atômica em Hiroshima, acompanhado junto conosco o Rev. Ossamu Nanjo. A expansão da ligação da condição com os jovens, é que sendo japonês, ele fala português brasileiro fluente e é bacana. Pena é que ele torce para Flamengo. E o que sentimos no Museu da Bomba Atômica, o único queexplica a solução em relação a conflitos, é somente o Budismo. Assim explica o Buda Syakyamuni “sem exércitos e armas”, e, também o mestre Shinran, “Que o mundo seja de Paz e Harmonia, lembrar em expandir o Dharma”. Imprescindível que reflita sobre isso como Ser Humano, que venha se tornar um indivíduo que ouça o Dharma.
Finalizando como objetivo da ida dos jovens à Matriz eretornando ao Brasil, espero que os jovens possam transmitir a sua impressão a sua região, dos sentimentos das práticas e do físicos, levando como ponto de referência a vida cotidiana no Home Stay e do perfil de um Nenbusha na Matriz no Japão. Desta vez, com gratidão, conseguimos dispersar dos jovens ao seus lares sem problemas no Honpa Hongwanji do Brasil .


Relatório sobre a experiência de intercâmbio cultural de jovens budistas no Japão

Primeiramente, gostaria de explicitar como estou grata pela oportunidade que obtive através desta experiência. É realmente incrível, que algo tão antigo quanto o Budismo, anterior a tantas outras inúmeras crenças, se mostre tão ampla e profundamente de acordo com a condição do ser humano, e permaneça desde a época de Buda, unindo pessoas de diferentes classes, num mundo totalmente diferente do nosso, até hoje, depois de tantas mudanças na sociedade, continua verdadeiro e perfeito, unindo jovens de diferentes países, advindos de uma cultura diferente, falantes de diferentes idiomas, em meio a prédios e tecnologia, o verdadeiro ensinamento de Buda permanece inquestionavelmente adequado.
Existir estrutura suficiente para que em nossas vidas pudéssemos conhecer templos e lugares tão preciosos para esse ensinamento, estudarmos e discutirmos questões tanto atemporais quanto atuais, isto é maravilhoso.
Li tantas vezes sobre o Monte Hiei, na história de Shinran Shonin. Ele passou tanto tempo lá, que, quando fomos visitar o templo em que meditava e estudava, nosso guia disse, que com certeza, ele já esteve no lugar em que estávamos sentados, ouvindo as explicações sobre a estrutura, pois sem dúvidas, em tantos anos, ele esteve em todos os lugares dali, várias vezes.
Pensei como era impressionante a ideia de estar sentada em senzai no exato mesmo lugar em que Shinran Shonin esteve.
Todos os outros lugares que visitamos foram marcantes. Todas as explicações que ouvimos foram muito detalhadas, e ricas em atenção para conosco. Desde um contexto histórico, até explicações sobre as estruturas arquitetônicas dos templos, mitologias, explicações culturais. E escutar tudo isso junto ao fato de realmente estar lá, isto é incomparável! O museu em Hiroshima também me marcou bastante, principalmente o relato que escutamos diretamente de uma sobrevivente, que era apenas uma criança quando a bomba atingiu a região, causando consequências e reflexões carregadas de sofrimento e singularidade. As refeições, as atividades recreativas, todas essas, apesar do clima descontraído, foram igualmente um enorme aprendizado. Fiz amigos de todos os lugares, através do inglês, tive a chance de poder me comunicar plenamente com os outros intercambistas, e criamos um vínculo tão grande que fazíamos tudo que podíamos juntos, ficamos tristes ao nos despedirmos, e nos falamos todo dia pela internet agora. Eu até recebi um pacote cheio de presentes que me enviaram do Havaí, diretamente para o meu apartamentozinho em Londrina. Isso não é incrível?
A experiência no home-stay também foi maravilhosa. A família que nos recebeu era muito, muito legal! Ficamos em Osaka, comemos muito, ganhamos vários presentes... E nossas conversas, ficaram para sempre como algo valioso para mim. Conseguimos nos comunicar em japonês, mesmo com o meu japonês sendo horrível, deu tudo certo, conseguimos falar sobre todo o tipo de coisa, e foi muito divertido e educativo! Também abriu minha mente para tantas outras coisas que eu poderia fazer na vida, e como essas possibilidades realmente existem, se eu quiser. Não existem pessoas nem lugares perfeitos, mas em toda a parte, existem diferentemente valiosas experiências e aprendizados. No geral, o intercâmbio não poderia ter sido mais perfeito, estou profundamente feliz por ter participado dele!
As pessoas que conheci e as conversas que tive, ficarão para sempre como uma das experiências mais especiais da minha vida. Arigatai. Namo amida butsu!
Carolina Ayumi Kozima



No dia 17 de julho deu-se o início do programa Internacional de Intercambio de Jovens Budistas de 2019. No programa participaram jovens do Estados Unidos, Canada e Brasil, nele realizamos várias atividades, como estudos sobre o budismo e visitas a lugares históricos do Japão.
No primeiro dia do programa, o grupo de intercambistas do Brasil, teve umaconversa com os Senseis Imai, Nanjo e Sasaki sobre o budismo e pudemos falar sobre assuntos da sociedade atual e após essa conversa passeamos pelo o Otera de Kyoto e após tivemos um jantar de confraternização onde interagimos com outros participantes do intercambio.
No segundo dia fomos conhecer os locais sagrados da vida de Shinran Shonin, o local quenasceu,onde foi ordenado, o monastério que ele estudou e a última visita foi no mausoléu que está enterrado e começou o Hongwanjie aprendemos um pouco da sua história. No terceiro dia fomos a Hiroshima para visitar o museu memorial da paz durante o passeio pelo museu vi o resultado da explosão da bomba atômica, com isso conseguiperceber como a paz é valiosa e que devemos evitar a guerra e o conflito.
No quarto dia de intercambio começava o Home-stay, na parte da tarde conhecemos a família Sono, eu e o outro participante Fabio Yukiopassamos dois dias morando junto e tendo a experiencia do dia-a-dia de uma família japonesa adepta ao JodoShinshu.No Home-stay tivemos o contato direto com a cultura japonesa ao passar o dia com a família, durante esse tempo passeamos com a família em lugares tipicos japoneses como onsen pela região de Shiga e fomos para Nara conhecer o Todai-ji.
Após o Home-stay fomos para o colégio Heian ver sua estrutura e conhecer alguns dos seus alunos, tivemos a oportunidade de interagir com os alunos através de jogos.
Os dias seguintes davam-se o fim do programa com a apresentação das experiencias e o encerramento do programa.
Como uns dos participantes do programa internacional de intercâmbio de jovens budistas do ano de 2019 tenho muito que agradecer pelas experiencias vividas e pelo conhecimento obtido.
Vitor Taguchi



Participar do Intercâmbio de Jovens Budistas me proporcionou grandes conhecimentos e experiências, tanto pelo lado religioso quanto pessoal. Durante o período no Japão, aprendemos e conversamos sobre diversos temas na visão do JodoShinsho e visitamos locais importantes na vida de ShiranShonin. Dois momentos me marcaram bastante, a visita ao Museu Memorial da Paz de Hiroshima e o homestay. No museu tivemos a oportunidade de ouvir os relatos de uma sobrevivente da bomba atômica e ver fotos, pertences e demais materiais da população atingida pela bomba.
No homestay, eu e a Carolina Kozima ficamos na casa da família Katsuta, adeptos do JodoShinshu. Eles foram muito atenciosos e gentis com a gente, nos ensinaram a fazer nenjus e algumas comidas tradicionais japoneses, o que me proporcionou vivenciar as tradições e culturas japonesas.
Gostaria de agradecer a reverenda TijoOkayama por confiar em mim, ao reverendo Jine Shimizu e sua esposa pelo encorajamento, aos reverendos KyoyaImai e Osamu Nanjo que deram todo o suporte possível no Japão, e principalmente ao reverendo Nelson Sasaki, que nos acompanhou durante toda a viagem, muito obrigada pela paciência e ensinamentos. Aos demais envolvidos neste intercâmbio o meu muito obrigado pela oportunidade.
Erica Yumi Onoue



Olá, meu nome é Yukio Fujiki. Tenho 26 anos e sou do Hoorin Seinenkai, de Presidente Prudente/SP. Participo do Oterá de Prudente desde criança e entrei no grupo de jovens quando tinha doze anos. De lá para cá sempre ajudei e, com certeza, continuarei a contribuir com as atividades do Oterá.
No começo do ano fui indicado e, posteriormente, um dos escolhidos para ir a este Programa de Intercâmbio lá no Japão. Fiquei muito feliz de estar entre os quatro selecionados (Yumi, Carol, Victor e eu) para conhecer de perto a origem do nosso budismo do Jodo Shinshu Hongwanji-Ha, bem como a terra natal do fundador da nossa escola, Shinran Shonin.
Antes de partimos para o Programa de Intercâmbio vale destacar que participamos do 52º Congresso Sul-Americano de Jovens Budistas, na cidade de Santo André, que ocorreu nos dias 13 e 14 de julho. Foi um excelente evento e aprendemos muito sobre o tema Okagesama. No dia 15 de julho junto com o Reverendo Nelson Sasaki (monge responsável por nos acompanhar neste Programa), começamos nossa jornada rumo ao Japão para adquirir mais conhecimento e absorver o máximo sobre o budismo e da cultura.
Depois de uma longa viagem chegamos no dia 16 de julho na cidade de Quioto. Fomos muito bem recebidos pelo Reverendo Kyoya Imai, que nos acompanhou durante boa parte do programa nos auxiliando no que fosse preciso. O Reverendo Ossamu Nanjo também nos auxiliou bastante, fazendo as traduções para o português quando era necessário. Só temos a agradecê-los pela dedicação.
No dia 17 de julho, na parte da manhã, ocorreu a cerimônia de abertura do Programa de Intercâmbio Cultural. Ao todo foram 31 jovens participantes de quatro paí¬ses diferentes (América do Sul, Canadá, Estados Unidos, Havaí¬). Fizemos atividades em grupo para nos enturmarmos e para quebrar o gelo. Foi muito divertido e, com certeza, irei utilizar algumas destas atividades em algum de nossos eventos da Liga Sul-Americana de Jovens Budistas. Neste dia, ainda, tivemos uma conversa sobre os diversos conflitos existentes no mundo e como poderí¬amos resolvê-los sob a ótica da nossa escola Jodo Shinshu. Tratamos sobre temas como: aborto, a bomba de Hiroshima, os conflitos no Oriente Médio, rascimo, entre outros assuntos. Percebemos que os conflitos existem por existirem verdades distintas, onde um tenta impor a sua verdade. Logo não podemos impor nossa verdade, devemos aprender a aceitar a existência de outra verdade e tentar conviver da melhor maneira com as diferenças existentes no mundo.
No dia 18 de julho visitamos os locais sagrados onde o mestre Shinran Shonin nasceu (Hino Tanjoin), estudou sobre o budismo (Hiei-zan), teve sua ordenação (Shoren-in) e onde se encontram suas cinzas (Mausoléu Otani Hombyo). Pude sentir cada passo que ele fez durante sua passagem nesta vida.
No dia 19 de julho visitamos o Betsuin de Hiroshima. Na ocasião tivemos a oportunidade de escutar uma pequena palestra do Bispo do Hongwanji de Hiroshima sobre a história de um pássaro com duas cabeças e apenas um corpo. Segundo a história as duas cabeças sempre brigavam, uma sempre queria comer mais do que a outra. Um dia uma das cabeças colocou veneno na comida e deixou a outra comer sozinha. No fim, o pássaro morreu, pois dividiam o mesmo corpo. A partir disso aprendemos uma importante lição na qual precisamos lidar com sabedoria sobre as questões da vida, sempre de forma a aceitar a existência de outras formas de vida, pois vivemos sob a interdependência de tudo que existe.
Logo após, fomos visitar o Parque e Museu da Paz de Hiroshima, onde vimos fotos, ví¬deos e objetos da época da explosão da bomba de Hiroshima, da Segunda Guerra Mundial. Tivemos a oportunidade, também, de conhecer pessoalmente uma das sobreviventes e escutar as dificuldades que ela passou, junto com sua famí¬lia, após a explosão. Ao final da excursão a emoção e o sentimento de tristeza é inevitável. Sentir um pouco a dor das pessoas daquela época é muito difí¬cil.
Do dia 20 ao dia 23 de julho, Victor e eu ficamos sob os cuidados do Reverendo Tamaki Sono, que foi nosso anfitrião do Home Stay. Fomos muito bem recebidos por todos da famí¬lia Sono (Toshiki, Yoko, Ichiko, Akiko, Yoko, Chichi e Mario). Foram muito atenciosos e cuidadosos. Durante esses poucos dias nos levaram para conhecer o Templo Ishibaji e um local chamado La Colina que tinha uma vista incrí¬vel. Também nos levaram para conhecer o Parque de veados em Nara e os Templos Todai-ji e Kofuku-ji, onde se encontram as estátuas dos budas gigantes. A arquitetura dos templos são incrí¬veis. Só tenho a agradecer a famìlia Sono pela incrí¬vel hospitalidade e por tudo que fizeram por nós. Sentirei saudades de todos. Quando puder irei visitá-los, com certeza.
Resumidamente isso foi o que vivenciei durante o Programa. Devo dizer que a principal dificuldade no iní¬cio foi a comunicação, mas que ao longo dos dias eu fui conseguindo me comunicar e conversar com os demais intercambistas. A experiência que adquiri foi enorme e com certeza irei transmitir todo o meu conhecimento para o máximo de pessoas que eu conseguir. Por fim, gostaria de agradecer a todos que contrubuíram de alguma forma para a realização deste Programa de Intercâmbio Cultural de Jovens Budistas do Jodo Shinshu Hongwanji-Ha 2019, foi incrível.
FUJIKI, Fábio Yukio